Pequena, nao tentes achar a tão cobiçada formula da felicidade, mas
calma, não essa tal felicidade falsa e artificial. Ela aparece, te deixa
eufórica, destranbelhada que só, mal se dando conta do que anda
acontecendo à sua volta, mas depois some, sim, some…como o vento, mais
rapido que o bater das asas de um beija-flor e te deixa completamente
vazia. Um vazio que incomoda, ô se incomoda! Essa tal de felicidade é
maligna, enganadora, vai te manipular como um mero fantoche e te
impregnar com um famoso manual “como deverás agir em todas as
situações”, como forçar aquele sorriso falso no qual todos acreditam,
estar rindo, não por achar graça, mas rindo pra não mostrar as marcas
profundas que tem por dentro do teu pequeno coração. Por isso te digo,
pequena, a tristeza tem toda a sua beleza, seu gracejo por assim pesado,
é muito mais digna e verdadeira que essa falsa felicidade, há uma
liberdade e tanto, a criatividade vem com uma falicidade que só, e
ensina muito mais coisa do que se pensa. Saiba cair, passe por essa
tristeza toda, essa pobre incompreendida, aproveite-a bem, respire um ar
puro, sinta o vento percorrer seu corpo inteiro, sinta toda essa dor,
tire todos os aprendizados possíveis dela, e depois a solte…livre e
solta nesse mesmo ar. Se puder, grite o mais alto o possível, mas grita
mesmo até que suas cordas vocais estejam acabadas,e aí sim verás o
verdadeiro significado da palavra felicidade, a verdadeira, claro,
provocada sem querer e contagiante como nunca.
